Ulysses Guimarães chamava a Constituição de 88 de “Constituição Cidadã”. Eu chamo de “Constituição Bandida”. No país dos 50 mil homicídios anuais, ela proíbe taxativamente a pena de morte e a prisão perpétua, transformando o Brasil numa República de Bandidos, em que o crime, de fato, compensa. É com base nessa Constituição que o Supremo solta criminosos seriais e outros monstros do gênero, como os bandidos que puseram fogo em Tim Lopes no Rio e, agora, estão tendo de ser caçados com o sacrifício de inocentes crianças, tratadas como entulho humano no caminho de policiais e bandidos.
domingo, 28 de novembro de 2010
É chegada a hora de mudar a “Constituição Bandida”
Ulysses Guimarães chamava a Constituição de 88 de “Constituição Cidadã”. Eu chamo de “Constituição Bandida”. No país dos 50 mil homicídios anuais, ela proíbe taxativamente a pena de morte e a prisão perpétua, transformando o Brasil numa República de Bandidos, em que o crime, de fato, compensa. É com base nessa Constituição que o Supremo solta criminosos seriais e outros monstros do gênero, como os bandidos que puseram fogo em Tim Lopes no Rio e, agora, estão tendo de ser caçados com o sacrifício de inocentes crianças, tratadas como entulho humano no caminho de policiais e bandidos.
Governo mata inocente para buscar bandido que ele mesmo soltou
Durante o processo eleitoral, os manos Lula e Sérgio Cabral venderam a utopia de que as tais UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) tinham “pacificado” o Rio de Janeiro. Até José Serra acreditou e, como sempre, não soube fazer oposição, deixando de desmascarar essa política de segurança pública do governo Lula, que é tão criminosa quanto os próprios bandidos.
Lula mostra, no Rio, que o circo é mais importante do que a vida
A invasão dos morros cariocas é injusta e hipócrita
A invasão dos morros é indigna, injusta, daninha, vergonhosa, hipócrita, criminosa. Ela prova que os os criminosos seriais são mais livres nas cadeias do que os pobres inocentes em suas casas, nesse eterno fogo cruzado entre bandido e polícia. Notem que a polícia, desde Carandiru, jamais invade presídio atirando, mesmo que os bandidos estejam cortando cabeças em cima de caixa-d'água, como já ocorreu. Já na favela não hesitam em arrombar portas, atirar e matar. Claro que a culpa não é dos soldados. Eles também são vítimas.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Somos crianças levadas pela mão de ditadores
Creio que essa provável derrota de Serra se deve, em parte, à não disposição do PSDB de partir para a guerra desde o comecinho do segundo turno, quando a reação anti-Dilma, puxada por católicos e evangélicos, estava efervescente. Como sempre, os tucanos se enganaram. Achavam que não entrando na baixaria deixariam o PT em maus lençóis diante do eleitorado e ganhariam a eleição muito menos por seus próprios acertos do que pelos erros do adversário. Mais uma vez, infelizmente, deram com os burros n'água.
Lula e o PT, fiéis seguidores da cartilha totalitária de Lênin e Hitler, sabem que o bode expiatório ideal é justamente o inocente (como mostra o antropólogo René Girard) e o PSDB se encaixa perfeitamente nesse papel. Quanto mais os tucanos se recusam a ferir a ética, mais os petistas os acusam de todos os crimes. E conseguem fazer isso com perfeição, convencendo, em primeiro lugar, praticamente todos os formadores de opinião (seus eternos lacaios nas universidades e na imprensa) e, em seguida, a maioria esmagadora da população.
Se Serra tivesse feito a incisiva defesa da liberdade de expressão na entrevista ao Jornal Nacional, condenando veementemente a perseguição religiosa que o PT impôs aos católicos (com a ajuda de nossa lamentável Justiça), seria um pouco mais difícil para o presidente Lula, que se comporta como líder de gangue juvenil, transformá-lo em algoz de si mesmo no episódio das agressões no Rio. E se essa reação de Serra tivesse começado antes, já no primeiro debate do segundo turno, seria mais difícil ainda.
Espero que o PSDB aprenda não só com essas eleições, mas com a história. A social-democracia sempre serviu de escada para a esquerda mais radical, sem escrúpulos, sanguinária. O exemplo mais antigo é a ascensão de Lênin (inspirador de Hitler) e um dos mais recentes o assassinato de Aldo Moro na Itália. O PSDB tem de se dar conta de que, no governo Dilma, se não partir desde o início para uma oposição firme e radical em defesa dos princípios democráticos, estará condenando o país a transformar-se não em México, como crêem alguns, mas na Venezuela de Chávez.
É uma imensa tolice pensar que o Brasil é diferente, que aqui as instituições funcionam, que um Chávez aqui não teria vez. As ditaduras totalitárias (única tradução possível do marxismo no horizonte da história, ao contrário do que pensa FHC) sempre ocorreram em países onde uma revolução parecia impossível, como na atrasadíssima Rússia dos czares, na cultíssima Alemanha dos filósofos ou na carnavalesca Cuba dos canaviais.
O que no Brasil se imagina ser "instituições" não passa, na verdade, de "interesses". Este é um país sem princípios e que não chega a ser pragmático — pois o pragmatismo também pode ser (e é) um princípio, como bem mostra a história da Inglaterra. Somos crianças levadas pela mão de ditadores. Sempre foi assim e não vejo no horizonte perspectiva alguma de que possa ser diferente.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Está em curso uma ditadura com o consentimento do Supremo
sábado, 16 de outubro de 2010
Os verdadeiros grotões do país saem a campo em favor de Dilma
(Manifesto de Reitores das Universidades Federais à Nação Brasileira)
José Weber Freire Macedo – Univ. Fed. do Vale do São Francisco (UNIVASF)
Aloisio Teixeira – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Josivan Barbosa Menezes – Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)
Amaro Henrique Pessoa Lins – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Malvina Tânia Tuttman – Univ. Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Ana Dayse Rezende Dórea – Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Maria Beatriz Luce – Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
Antonio César Gonçalves Borges – Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Maria Lúcia Cavalli Neder – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Carlos Alexandre Netto – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Miguel Badenes P. Filho – Centro Fed. de Ed. Tec. (CEFET RJ)
Carlos Eduardo Cantarelli – Univ. Tec. Federal do Paraná (UTFPR)
Miriam da Costa Oliveira – Univ.. Fed. de Ciênc. da Saúde de POA (UFCSPA)
Célia Maria da Silva Oliveira – Univ. Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Natalino Salgado Filho – Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Damião Duque de Farias – Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Paulo Gabriel S. Nacif – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Felipe .Martins Müller – Universidade Federal da Santa Maria (UFSM).
Pedro Angelo A. Abreu – Univ. Fed. do Vale do Jequetinhonha e Mucuri (UFVJM)
Hélgio Trindade – Univ. Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Ricardo Motta Miranda – Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Hélio Waldman – Universidade Federal do ABC (UFABC)
Roberto de Souza Salles – Universidade Federal Fluminense (UFF)
Henrique Duque Chaves Filho – Univ. Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Romulo Soares Polari – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Jesualdo Pereira Farias – Universidade Federal do Ceará – UFC
Sueo Numazawa – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
João Carlos Brahm Cousin – Universidade Federal do Rio Grande – (FURG)
Targino de Araújo Filho – Univ. Federal de São Carlos (UFSCar)
José Carlos Tavares Carvalho – Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
Thompson F. Mariz – Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
José Geraldo de Sousa Júnior – Universidade Federal de Brasília (UNB)
Valmar C. de Andrade – Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
José Seixas Lourenço – Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
Virmondes Rodrigues Júnior – Univ. Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Walter Manna Albertoni – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Justiça usa dinheiro do contribuinte para compensar o crime
RJ indenizará mulher de detento morto em presídio - 15/10/2010 - Agência Estado15/10/2010 - 20h17 - RJ indenizará mulher de detento morto em presídio
São Paulo - O Estado do Rio de Janeiro terá de pagar R$ 50 mil de indenização, por dano moral, à companheira de um detento morto dentro do presídio Muniz Sodré, em Bangu. De acordo com a decisão, é dever do Estado manter e preservar a integridade física dos detentos.A mulher do detento, Ildete Siqueira Lima, diz que seu companheiro, José Belo da Silva, morreu em 2002 por asfixia e enforcamento, dentro do presídio, onde estava detido há 10 meses. Para os desembargadores da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), que mantiveram a sentença de primeiro grau, é dever do Estado manter e preservar a integridade física dos detentos.De acordo com o relator do processo, o desembargador Mauro Dickstein, "a morte de um detento, ainda que se possa atribuir a uma "vingança" engendrada pelos demais presos, não pode ser vista como fator excludente da responsabilidade do ente federativo".
Marilena Chauí levanta-se de seu sarcófago mental
Circula pela Internet uma entrevista da pensatriz Marilena Chauí. São cerca de 12 minutos de peroração pseudofilosófica em que ela desanca Serra e enaltece Dilma, afirmando que o candidato tucano é uma ameaça à democracia e aos direitos sociais. A pensatriz se mostra indignada com a imprensa, em especial a Folha de S. Paulo — justamente o jornal que lhe deu vida. Ainda que não pecasse pela indigência mental, Chauí já pecaria por ingratidão. Escarra na mão que a afaga ao criticar a suposta “imprensa burguesa”, que, ao longo das últimas décadas, não fez outra coisa senão transformar Lula no mito de fancaria em que se tornou.
Se me sobrar paciência, quem sabe disseco a fala dessa notória militante do PT travestida de professora de filosofia. De antemão, noto apenas que ela considera os supostos 80% de aprovação do governo Lula (quem confia em institutos de pesquisa?) como uma espécie de imperativo categórico. Por esse critério, Hitler também deveria pairar acima de qualquer crítica, pois antes mesmo de iniciar a Segunda Guerra e implantar uma ditadura na Alemanha, já tinha uma popularidade avassaladora.
Mas reconheço que Marilena Chauí evoluiu um pouco — já chama Fernando Henrique Cardoso pelo nome. Antes, em conferências acadêmicas, referia-se a ele como “desgraça”, como se um professor, que tem o poder de julgar seus alunos através de notas, tivesse o direito de ser assim tão parcial.